There Will Be Blog

You got some nerve coming here

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Local: Goiânia, Goiás, Brazil

sábado, abril 28, 2007

Bjork está de Volta

(notaram o trocadilho? Boa, hein?)



Esse vídeo foi a coisa mais foda que eu vi esse ano.

"Declare Independence" é uma obra-prima, e o disco novo dela inteiro é ótimo.

PS: Tem uma festa no prédio ao lado com som muito alto. Uma hora um pequeno trecho de uma música ficou travado num loop por uns 30 segundos e eu não sabia se era problema do som ou algum single antigo do The Field (se não foi, devia ser).

PPS: Eu vou nomear oficialmente a Bjork como a Rainha de Tudo e Todos.

terça-feira, abril 24, 2007

Mmmm, what you say?

Assistam isso:



E assistam isso logo em seguida.



Confiem em mim.

Mmmmm, what you say?
Mmmmm, what you--
Mmmmm, what--

Atualizado (dica do Wanderson):

sábado, abril 21, 2007

Quiz de Cinema

Sim, o nível tá descendo num ritmo fixo. É por falta de assunto mesmo.

Eu achei esse quiz num fórum de discussões que eu visito e decidi responder ele aqui no blog, com comentários estendidos onde eu achar necessário.

Ministério da Saúde Adverte: testemunhar auto-indulgência de um blogger pode causar sonolência.

1. Cite um filme que você viu mais de 10 vezes.

Putz, qual filme eu não vi mais de 10 vezes? É uma piada, mas eu tenho uma tendência anormal de assistir e rever filmes que eu gosto bastante. Acho que é porque é mais confortável ver um filme conhecido - onde o seu prazer é praticamente garantido - do que embarcar num novo sem saber o que esperar, ou qual será o resultado. E eu também gosto de rever filmes pra compreender como eles funcionam, e.g. mapear mentalmente a estrutura do roteiro, ou a sequência de planos de uma cena que eu achei efetiva.

De qualquer forma, eu acredito que pelo menos três filmes se encaixem nessa proposta: Gerry, O Iluminado e Aguirre, A Cólera dos Deuses. Eu francamente nunca me preocupei em contar as vezes que eu vi esses filmes, mas eu conheço eles tão bem que o número perde o sentido.

O primeiro é meio que um roubo. Eu vejo Gerry pelo menos uma vez a cada dois meses - já que eu tenho gravado desde a sua exibição no Cinemax Prime em 2002(3?), e recentemente consegui uma versão em DVD - só que não por inteiro. Ele funciona pra mim como aqueles discos ambient dos anos 70 do Brian Eno: puro relaxamento, e por isso eu sempre acabo dormindo antes do fim. É sobre dois jovens perdidos no deserto (Matt Damon, Casey Affleck), cheio de planos maravilhosamente fotografados deslizando pela paisagem azul e amarela do jeito mais agradável e hipnótico possível, as vezes acompanhados por uma trilha de Arvo Part. É prazer instantâneo, sem nenhum esforço mental. Mas só assisto do começo ao fim quando estou realmente interessado.

Já os filmes do Kubrick e Herzog me instigaram a voltar de novo não só por serem brilhantes, mas também por passarem por um processo de transformação. A minha primeira vez com ambos foi semelhantemente angustiante; são filmes alucinatórios com protagonistas dementes presos em ambientes opressivos. Com o tempo, no entanto, a angústia foi se dissipando, e eu comecei a enxergar o quanto as atuações principais de Jack Nicholson e Klaus Kinski são exageradas (intencionalmente) a um ponto que chega a ser cômico. Os dois ainda permanecem extremamente atmosféricos, e mantêm uma sensação de desconforto, mas agora eu posso rever e gargalhar também. Kinski brigando com um cavalo, por exemplo, ou Nicholson imitando cruelmente a voz da sua esposa, são momentos que trazem tanto humor quanto tensão pra mim.

Ok, eu vou precisar cortar o tamanho dessas respostas.

2. Cite um filme que assistiu várias vezes no cinema.

Acredito que meu recorde seja 5 vezes, com O Tigre e o Dragão.

E sim, eu ainda amo ele.

3. Cite um ator que aumentaria sua vontade de ver um filme.

Campbell Scott, o Sr. Roger, O Conquistador.

Chris Eigeman, o esnobe mais afiado de todos os tempos (Tempo de Decisão, Barcelona, Os Últimos Embalos da Disco).

Zooey Deschanel, talentosa e tremendamente linda (mas outro roubo, porque o único filme dela que eu já vi foi Prova de Amor).

4. Cite um ator que diminuiria sua vontade de ver um filme.

Cilliam Murphy. Foi o primeiro que surgiu na minha cabeça. To com preguiça de pensar em outros.

5. Cite um filme do qual você conhece (e cita) falas.

Recentemente, Tempo de Decisão.

6. Cite um musical do qual você conheça todas as letras de todas as músicas.

Nenhum. Acho que o mais perto que eu chegaria disso é Dançando no Escuro.

7. Cite um filme que você recomendaria pra todo mundo.

Algo acessível e “importante”? Dogville. Um Corpo Que Cai (junto com Time). Desencanto. Só esses que pularam na minha cabeça. Devem ter outros ainda mais apropriados.

8. Cite um filme que você possui.

Exótica.

9. Cite um ator que começou sua carreira de entretenimento em outra mídia, mas te surpreendeu com suas habilidades de atuação.

Justin Timberlake, pelas suas aparições no Saturday Night Live.

10. Já saiu de uma sessão?

Não que eu me lembre. Mas eu já desliguei filmes em casa, obviamente.

11. Cite um filme que te fez chorar no cinema?

Putz, qual filme não me faz chorar no cinema? Não, mas sério, os que eu consigo me lembrar: À Procura da Felicidade, O Tigre e o Dragão (sim, quebrando dois recordes), A Última Noite, e provavelmente vários outros.

12. Pipoca?

Raramente. Eu gosto de manter minha atenção no filme. O barulho da mastigação da pipoca geralmente atrapalha, e eu ainda tenho que ficar me preocupando com comida na minha roupa e dedos gordurosos, etc.

Mas eu costumo comprar aqueles saquinhos de amendoim pra comer enquanto espero a sessão começar, e os trailer acabarem (e agora, 5-10 minutos de propagandas e noticias de esportes).

13. Com quanta freqüência você vai ao cinema?

Uma ou duas vezes por mês. Mais por falta de opção mesmo. Goiânia até tem cinemas e sessões com "filmes alternativos", mas raramente eu me pego pensando "Pô, esse eu não posso perder."

Mas sempre terei o SPIFF.

14. Qual foi o último filme que você viu no cinema?

Se eu não me engano, 300. É bem fraquinho, mas tem várias composições belas, o que manteve o meu interesse. E aquele homem-cabra, né.

15. Qual é o seu gênero favorito?

Ficção científica. Em teoria, porque na prática, a maioria dos filmes FC são uma merda. Se bem que isso também vale pra qualquer outro gênero.

16. Qual filme você gostaria de nunca ter visto?

Ver filmes horríveis é sempre uma experiência edificante, tanto porque você pode analisar a ruindade deles, como ela veio a ser, e também pode zombá-los. Mas Contra Todos (de acordo com a capa do DVD, “o filme brasileiro mais premiado de 2004”) foi dose.

Outros: O Efeito Borboleta, Gatos Numa Roubada (talvez o pior dos piores).

17. Qual foi o filme mais estranho que você gostou?

Onde Sonham as Formigas Verdes, do Herzog. De longas, foi o primeiro que apareceu na minha cabeça. Se for contar curtas, o excelente trabalho do Kenneth Anger.

18. Qual foi o filme mais assustador que você já viu?

A Bruxa de Blair pela primeira vez, no cinema. Os Pássaros. O Exorcista III. Trechos de Primer.

19. Qual foi o filme mais engraçado que você já viu?

Levada da Breca, Deu a Louca nos Astros, Aguirre: A Cólera dos Deuses, Tempo de Decisão, a carreira dos Irmãos Coen, etc.

Nota: quem tiver blog, copie o questionário e responda também. E não se esqueça de avisar aqui quando o fizer, pra eu me lembrar de conferir (caso eu tenha interesse na sua pessoa).

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sexta-feira, abril 13, 2007

Batalha Sem Perdedores



Show de 1 hora da banda Battles foi uploadado no YouTube. Imperdível. Eu já vi duas vezes. Eles tocam math rock/neo-krautrock e tão lançando um disco novo esse ano, chamado Mirrored (que eu estou gostando). Prestem atenção no que o infeliz do baterista faz; é de cair o queixo.

quinta-feira, abril 12, 2007

Kurt Vonnegut, 1922-2007

segunda-feira, abril 02, 2007

Me-Me-Me-Deu-Deu-Deu

From Here We Go Sublime, The Field (2007) - 10

Todo mundo já ouviu um disco arranhado. Eu já ouvi uma versão mais intricada dele: o computador travado. Minha máquina antiga era levemente inferior à que eu tenho agora, e ela esporadicamente “congelava” - até o sistema ter a oportunidade de lidar com todos os programas operando no momento (ou o que quer que for que um sistema faça). E quando isso acontecia, a música tocando no meu Winamp naquele momento ficava presa numa repetição do mesmo fragmento de 1 segundo ou menos. E embora sempre exista uma grande quantidade de frustração em ter o seu computador travado por algum tempo, as vezes eu percebia que esse loop não-intencional – seja de alguma faixa de Coldplay ou de alguma sinfonia de Mozart - geralmente não soava nada mal (e como “intencional” rima como “nada mal”, isso quer dizer que eu estou falando a Verdade). A minha frustração se dissipava e eu começava a balançar a cabeça no ritmo, achando engraçado um cantor repetindo a mesma sílaba dezenas de vezes, ou o som de um prato cortado pela metade.

The Field transformou essa inconveniência do disco arranhado (ou computador travado) num dos discos de música eletrônica mais lindos que eu já ouvi. Aliás, risque isso. Mais apropriado seria dizer que eu não lembro de muitos outros discos que tenham me dado a quantidade de prazer que essas primeiras experiências com From Here We Go Sublime estão me dando agora. Eu acredito que essa analogia de “ouvir música dentro de uma piscina” já tenha ficado clichê, então eu vou tentar produzir uma variação dela: é como estar congelado dentro de um iceberg e ter um som congelado a alguns metros de você, tocando trance num volume alto. Tão alto que você começa a se aquecer. Aí o gelo derrete. E você começa a dançar nu no Pólo Norte. Etc. Você entendeu.

O ponto é que este disco é absolutamente mágico e surreal e hipnótico e você deve correr até o seu eMule ou Soulseek e baixá-lo o mais rápido possível. Só um aviso: cuidado com “The Deal”, a faixa mais longa. Ela pode te levar à um estado de êxtase tão grande que causaria danos psicológicos irreversíveis. Se você começar a se sentir tonto - ou notar uma ereção inesperada, ou ter um estranho desejo de querer ser um Telletubbie pulando em câmera-lenta – desligue o seu som e procure ajuda médica.

Aqui vai uma faixa pra dar um gosto da coisa: "Everyday". Eu diria que é uma das piores do disco, e ainda sim eu não ousaria chamar ela de nada menos que "ótima".

***

Em outras notícias, Boxer, o novo disco do The National, também vazou. É muito, muito bom. Corram atrás.